sábado, 30 de julho de 2011

Invasões, liberdades, paz e amor

Rio de Janeiro,
Copacabana City

Paz e amor para você também



Esse ano de 2011, amigos, tende a revoltas.

Começamos empossando a Presidente Dilma. Um negro é presidente dos Estados Unidos e uma mulher é presidente do Brasil - o racismo e o machismo foram amordaçados, pelo menos aparentemente.

Os bombeiros cariocas, justamente, revoltaram-se com seus salários.

A Orla do Rio revoltou-se em ressaca violenta e a população do Rio revoltou-se por Juan, e exigiu que os assassinos fossem desmascarados.

Os artistas paulistas da Funarte, revoltaram-se.

Mundo afora, crises econômicas quebram Europa e Estados Unidos. Ocupações em Praças, feminismo, listas de direitos.

( Cá para nós, a mulherada revolta-se quando vê o Rodrigo Lombardi e sua ametista - pergunta por que não eu, por que não eu, porque, meu Deus? )

E eu também revoltei-me. De verdade.

Perdi as estribeiras.

Tanta mágoa presa na garganta.

Gritei.

Descabelei, arremessei objetos na parede, no chão, escadas abaixo. Escandâlos noite adentro e insônias.

Rasguei retratos e cartões.

Esclareço: sou de Touro, Touro tem 3 estados de espírito, afirmam os mais confiáveis estudiosos da astrologia: 1.calma e silêncio; 2. alegria; 3. fúria incontrolável.

Ninguém segura um touro bravo. Furioso. A revolta vem da fúria. Da necessidade de romper a impotência. De demonstrar sua força, a chutes e pontapés. A chifradas.

Mas os bombeiros foram soltos, os assassinos de Juan foram identificados, a ressaca passou; os artistas paulistas escutarão a voz do bom senso. Também eu havia de acalmar-me.

Estou mansinha mansinha, na minha vida taurina de alimento e natureza. Ao ar livre, como pede a essência humana.

Eu quero nessa vida, caríssimos, é paz e amor.

Todos queremos - nós, os bombeiros, as vítimas, as testemunhas, os artistas, os amantes, os sambistas.

Há paz e há samba por aí.

E há vida após a guerra. Sempre houve. Há solução depois da depressão. Sempre houve.

E há de haver mais amor, mais paz; há de haver mais samba.

A vida não vale uma violência. Uma revolta, um quebra quebra.

A vida não vale nada mesmo, e melhor, que bom que é assim, assim podemos tudo.

Podemos até ser felizes. Sem dor, sem revolta, sem invasões, e sem prisões.

Vivendo de beijos, de samba, de paz, e de amor.

Beijar, sambar e pacificar. Tudo, tudo, tudo de bom.

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